João Lourenço foi colocado por José Eduardo dos Santos na “pole position” deste Grande Prémio do MPLA cujo prémio final é ser presidente de Angola. Mas na linha de partida, ou nas boxes, estarão outros concorrentes. Bornito de Sousa estará, ao que se prevê depois dos treinos “à porta fechada”, na segunda posição da grelha.
Mais atrás, acreditando que não há vencedores antecipados… nem impostos, surgem “pilotos” como Fernando da Piedade Dias dos Santos, Lopo do Nascimento, Kopelipa e Manuel Vicente.
Por serem mais “low profile”, admite-se que a equipa das Forças Armadas também esteja a equacionar a sua participação, podendo fazer alinhar França Ndalu e, ou, João de Matos.
Noutra frente, se bem que mais vocacionada para provas de “endurance”, admite-se a participação de uma equipa do Sul, patrocinada por Kundi Pahiama, em que os “pilotos” poderão ser Isaac dos Anjos, Marcolino Moco ou Baptista Kussumua.
Consta, inclusive, que Eduardo dos Santos terá dito a uma comissão encabeçada por Kundi Pahiama: “‘Estou doente, já tenho o meu candidato e agora vocês que apresentem outros candidatos”.
O presidente do MPLA, chefe de Estado e Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, afirmou na reunião ordinária do Comité Central do MPLA que o objectivo do partido é vencer as eleições gerais de 2017 pelo menos com maioria absoluta, mas não esclareceu se é candidato.
“O nosso objectivo é ganhar as eleições com maioria qualificada ou no mínimo maioria absoluta e o segredo estará na disciplina, na união e coesão de todos em torno dos nossos candidatos, quer no processo da campanha eleitoral quer no momento da votação”, afirmou José Eduardo dos Santos, durante o discurso de abertura da segunda reunião ordinária do Comité Central do MPLA.
Contudo, e apesar da expectativa em torno do discurso e dos sinais a transmitir pelo chefe de Estado, José Eduardo dos Santos voltou a não clarificar se encabeçará a lista às eleições gerais de 2017, após 37 anos no poder em Angola.
Nos meios políticos vinga a tese de que José Eduardo dos Santos terá confirmado a intenção de não se recandidatar em 2017 na reunião do bureau político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), realizada quinta-feira em Luanda.
“O Comité Central, nesta sessão, vai aprovar a estratégia eleitoral do partido, onde estarão expressas as orientações que todas as estruturas deverão cumprir”, disse.
A actual Constituição de Angola prevê que o cabeça de lista do partido mais votado em eleições gerais (parlamento e Presidência) é automaticamente designado Presidente da República.
Ninguém do MPLA oficializou ou comentou qualquer nome da lista aprovada, sabendo-se apenas que, em simultâneo, o Comité Central aprovou uma moção de “incondicional apoio” a José Eduardo dos Santos, “na defesa dos ideais do MPLA e dos destinos do país”.